Para descrever os minérios é necessário nos munir de conhecimentos que permitam extrair as características de um determinado minério e aproveitar para estudos de aproveitamento. Esse processo é o da caracterização, que é o ato de distinguir, reconhecer algo ou alguém.
No setor mineral temos dois tipos de caracterização que vão servir para identificarmos um corpo mineral e até mesmo uma área inteira: a caracterização mineralógica e tecnológica.
Caracterização Mineralógica:
Se trata de um reconhecimento de um determinado minério bem como quantificar toda assembleia mineralógica do mesmo. Nessa etapa se define o que são minerais de interesse e de ganga, bem como quantifica a distribuição dos elementos uteis. É a caracterização que fornece base para indicar os processamentos minerais aplicáveis a amostra.
Algumas técnicas utilizadas são: Difratometria de raios-X, microscopia ótica, microscopia eletrônica de varredura, fluorescência de raios-X e etc.
Caracterização Tecnológica:
Define as propriedades físicas do material, como por exemplo: sua densidade real e aparente, seu teor de umidade. É a fase de analise granulométrica, que é uma etapa que tem por objetivo determinar o tamanho da partículas sólidas, como também a frequência com que essas ocorrem em uma determinada classe ou faixa de tamanho, podendo ser analisada por peneiramento e por Cyclosizer.
Nessa etapa também se faz análise do grau de liberação dos minerais, ou seja, a relação entre a quantidade de partículas livres desse mineral e a quantidade total de partículas desse mineral na amostra.
Portanto, a caracterização mineralógica e tecnológica resume-se na identificação das principais propriedades do minério e nos trabalhos envolvidos para identificá-las, a fim de fornecer informações suficientes para o diagnóstico da área de processamento mineral.
Referências
Referências: SANTOS, André Luiz Alvarenga. Caracterização Mineralógica e Tecnológica de Minério . Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.